A prefeita de Guaratinga, Marlene Dantas Martins (DEM), tem até o próximo dia 19 de abril para evitar que os professores da rede pública municipal de ensino decretem estado de greve no município. O prazo foi fixado nesta quarta-feira (05), após reunião da categoria, convocada pela APLB Sindicato, após mais uma tentativa frustrada de negociação com a prefeitura local. A Educação municipal chegou ao terceiro dia de paralisação, por falta de proposta convincente por parte da prefeitura, que possa garantir valorização profissional e melhores condições de trabalho no setor educacional de modo geral. Uma manifestação foi realizada pelas ruas da cidade para chamara a atenção da população sobre a situação.
Os professores vem há meses tentando negociar com município questões que possibilitem aos servidores públicos, melhores condições de trabalho, como o avanço no reajuste do piso salarial, o qual os mesmos estão deixando de receber 45,18% , além de transporte escolar de qualidade e merenda escolar de qualidade, eleições direta para diretor e vice-diretor, reforma nas escolas; cronograma de mudança de nível, gratificações e adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores.
Após a reunião na sede do sindicato, os servidores da educação realizaram manifestação pelas ruas do centro da cidade. Após percorrerem algumas vias públicas, os manifestantes se concentraram na praça do mercado municipal, onde deixaram o recado a comunidade sobre descasos na educação e falta de abertura de dialogo por parte da prefeitura para que se chegue a uma solução.
De acordo com o coordenador da APLB, Orlandi Cabral, a população precisa ser informada da real situação e compreender que a causa é justa, não só pelo salário dos servidores, mas também pela qualidade e segurança dos estudantes. Orlandi, ainda frisou, que todos os dias paralisados serão repostos para cumprir o calendário do ano letivo de 2023.
“Uma nova reunião com a categoria está agendada com a para o próximo dia 19/04, ocasião em que poderá ser deflagrada greve por tempo indeterminado, caso o município não apresente proposta para resolver a situação”. Salientou o coordenador.
PROPOSTA E CONTRAPROPOSTA
Desde o ano de 2019 os profissionais não recebem os repasses do piso salarial nacional, acumulando perdas de incentivo que chegam a 45,18%, no entanto, a prefeita que já havia repassado apenas 5,79%, propôs o aumento de mais 4,21 chegando a apenas 10%. Sobre os adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores, a gestão garantiu o retorno dos valores retirados. Quanto as demais demandas o municio informou que vem cumprindo com o seu papel de garantir melhores condições para educação de Guaratinga.
Com a recusa da proposta do município, a categoria decidiu por buscar mais uma vez o diálogo e após enviar uma contraproposta a Gestão, para que reajustasse o repasse do piso salarial em 10% no mês de março e a abertura de um segundo diálogo para tratar a forma de como atingir o percentual de 2023, que é de 14,95%. Quanto os adicionais de periculosidade e insalubridade, o município deveria repassar os 20%, antes retirado das merendeiras, também em março, como havia proposto anteriormente.
Agora resta esperar pela boa vontade da Gestora em dialogar com a categoria e evitar assim mais transtornos para os mais de 3 mil alunos que seguem sem a normalidade do ensino letivo 2023, no município de Guaratinga.
Por: guarananet.com.br