Distante cerca de 30 km da cidade de Guaratinga e próximo aos povoados de São João do Sul e Monte Alegre, o Assentamento Lajedo Bonito, com mais de 50 famílias decidiu trancar as porteiras e impedir o acesso de visitantes para afastar o risco de coronavírus. Essa e outras decisões foram tomadas entre Associados, agente comunitário de saúde e diretoria do assentamento numa reunião que aconteceu na última quinta-feira (11).
“A nossa decisão foi unanime e para evitar que o vírus atinja nossa comunidade, infelizmente não vamos mais aceitar a entrada de ninguém estranho aqui e nem se quer parentes que moram em outras localidades. Antes a porteira só era trancada a noite e agora passará a ser lacrada dia e noite”. Explicou o presidente do Assentamento, Ademi Venâncio dos Santos.
“O Assentamento é um dos primeiros no município e abriga uma população com muitos idosos, além disso temos pessoas hipertensas e diabéticas que estão diretamente no grupo de risco da doença. O nosso combate aqui não é com as pessoas e sim contra essa doença que vem se alastrando em nosso município e principalmente em nossa vizinhança. É hora de nos cuidarmos de todas as formas”. Destacou o agente de saúde Fábio Rocha, que também informou a inexistência de casos de covid-19 no local.
O assentamento que é bastante frequentado por visitantes que procuram um bom banho de rio, agora vai ficar coma cancela trancada, só permitindo o acesso dos moradores, que também não deverão sair do local a não ser por motivo de trabalho ou saúde. Só será permitida a entrada de pessoas que exerçam serviços de essencialidade a comunidade, usando máscara.
Ainda ficou determinado em reunião, que todos os moradores deverão cumprir com o seu papel e obedecer às regras no intuito de evitar o contagio da covid-19, com o uso constante de máscara, lavagem das mãos com frequência e higienização dos ambientes, sair de casa só quando necessário e manter o distanciamento social.
O assentamento Lajedo Bonito existe há mais de 20 anos. Na comunidade eles vivem da agropecuária, do plantio de café, feijão, mandioca entre outros produtos voltados para a subsistência e também para o comércio local. A comercialização, inclusive, tem sido prejudicada devido às normas de isolamento social necessárias para evitar a disseminação da covid-19. Mesmo assim, os moradores reconhecem a importância das medidas restritivas.
Por: Estevão Silva – guarananet.com