O movimento titulado, “Linha fina,” composto de trabalhadoras Sem-terra do MST, desocuparam na madrugada desta terça-feira (8/3) a Estação Zootecnica do Extremo Sul, no município de Itabela, local aonde estavam concentradas desde o dia (02/03) e ocuparam uma Fazenda que fica oa lado da estação.
Ainda era de madrugada, quando as mulheres trabalhadoras rurais Sem Terra saíram do centro de pesquisa da Lavoura Cacaueira e ocuparam a Fazenda Frutele, que está localizada ao lado do cento de pesquisa.
O movimento alega que a propriedade aonde funciona a empresa de Frutelli Culturas Tropicais LTDA, tinha como principal atividade econômica o cultivo de banana e que a fazenda se encontra abandonada.
De acordo com o movimento, a ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra de 2022. Na pauta defendida pelo movimento, estão os atos de denuncia em vários estados contra as multinacionais do agronegócio.
Com o tema: Terra, Trabalho, Direito de Existir! MULHERES EM LUTA, NÃO VÃO SUCUMBIR!
As mulheres do extremo sul denunciam os problemas relacionados a falta de crédito para as trabalhadoras rurais, o feminicidio, o uso abusivo de agrotóxicos, a fome no Brasil a regularização de assetados (as) via INCRA e a desapropriação de terras.
De acordo com a direção do MST na regional extremo sul, a ocupação faz parte do calendário de luta do MST, há dois anos o movimento não havia realizado atividades presenciais devido a pandemia, mais com aumento de pessoas passado fome nas periferias, sem moradias e aumento inflação, a volta ao trabalho de base e ocupação da terra será foi essencial para garantirmos a produção de alimentos Porque lutamos por terra, defendemos nosso território, a vida e os bens naturais. Queremos pão, trabalho, igualdade, justiça social e condições dignas de vida para todas e todos, em um mundo sem os diversos tipos de violências estruturais que se expressam de diversas formas, como através do racismo e do machismo.
A jornada denuncia as violências estruturantes contra a vida das mulheres, a mercantilização da vida, dos bens comuns e da natureza, o aumento da fome no Brasil e cobra a Reforma Agrária e a garantia da soberania alimentar.
Desde o dia 02 de março a regional extremo sul vem realizando ações com ocupação do Centro Zootécnica do extremo sul para denunciar o descaso do governo federal a ciência e pesquisa, assembleias com as mulheres do campo e da cidade e assembleias em assentamentos e acampamentos.
Por: GN