A educação de Guaratinga vai paralisar por 3 dias. Essa foi a decisão tomada pelos profissionais da educação filiados a APLB Sindicato, que se reuniram extraordinariamente na manhã da última sexta-feira (31). As reivindicações da categoria, ainda não atendidas pela prefeita Marlene Dantas (DEM), são por melhorias nas condições de trabalho na educação de modo geral
A paralisação de 72 horas começará a contar a partir de segunda-feira (03), até quarta-feira (05). Entre as pautas de luta estão: valorização profissional e o cumprimento da Lei Nacional do Piso Salarial; adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores; transporte escolar que não coloque a vida dos estudantes em risco; merenda escolar de qualidade; reforma nas escolas; cronograma de mudança de nível e gratificações; eleição para diretor e vice-diretor.
Depois da proposta apresentada pela prefeita Marlene Dantas, em reunião realizada no gabinete da prefeitura, no ultimo dia 22/03 com a coordenação sindical, a mesma foi posta e discussão na assembleia da categoria no dia seguinte, que a rejeitou, assim, reenviaram novo documento com uma contra propostas que não foi respondida pela gestão municipal.
PROPOSTA E CONTRAPROPOSTA
Desde o ano de 2019 os profissionais não recebem os repasses do piso salarial nacional, acumulando perdas de incentivo que chegam a 45%, no entanto, a prefeita que já havia repassado apenas 5,79%, propôs o aumento de mais 3,21 chegando a apenas 10%. Sobre os adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores, a gestão garantiu o retorno dos valores retirados. Quanto as demais não houve esclarecimentos.
Com a recusa da proposta do município, a categoria decidiu por buscar mais uma vez pelo diálogo e enviou contraproposta a gestão, para que reajustasse o repasse do piso salarial em 10% no mês de março e a abertura de um segundo diálogo para tratar a forma de como atingir o percentual de 2023, que é de 15%. Quanto os adicionais de periculosidade e insalubridade, o município deveria repassar os 20%, antes retirado das merendeiras, também em março, como havia proposto anteriormente.
Como não houve resposta da prefeita Marlene Dantas, até a última quinta-feira (30), a categorial não teve outra escolha a não ser continuar pressionado o munícipio por um reajuste mais justo.
Para o coordenador da APLB, Orladi Cabral, há uma séria preocupação com cumprimento do calendário escolar, tendo em vista que mais de 3 mil alunos da rede pública de educação não sabem se conseguirão concluir o calendário escolar de 2023, e o mesmo atribui a reponsabilidade a Administração Municipal, que não cumpre o que está previsto em Lei, e isso preocupa os pais e a comunidade em geral, que esperam uma solução rápida e eficaz para os problemas enfrentados na educação pública de Guaratinga sejam solucionados.
Durante os três dias de paralisação, o sindicato promete se reunir com seus filiados e promover mobilizações na comunidade para alertar sobre a situação.
Por: guarananet.com.br / FOTO: furo31