Os profissionais da educação do município de Guaratinga decidiram suspender temporariamente a greve e retornar as aulas em regime de 100% após quase quatro meses trabalhando de forma parcial. Um dos motivos foi o pedido formulado pela comissão de pais, mães e responsáveis por estudantes das escolas públicas de Guaratinga. Segundo a coordenação do sindicato, no entanto, as negociações e o diálogo com o governo municipal estão abertos para que se chegue a uma solução para o reajuste do piso nacional do magistério.

A decisão foi tomada após assembleia extraordinária realizada nesta sexta-feira (18), em que a categoria acatou de forma respeitosa o ofício 07/2023 (clique para ver o ofício), encaminhado pela comissão de pais, mães e responsáveis por estudantes das escolas públicas de Guaratinga e, também, considerando a solicitação do legislativo, na última sessão ordinária da Câmara Municipal, no último dia 16, que através de um Requerimento convocou a formação de uma comissão representada por pais, vereadores, poder executivo e APLB para um reunião, no próximo dia 25 de agosto, no intuito de dialogar e buscar uma solução consensual sobre o entrave da prefeitura com o Sindicato.
Com a decisão, o movimento paredista (greve de 30%) será suspenso a partir da próxima segunda-feira (21), até o dia 31 de agosto. “A APLB, por meio dessa ação, reitera o seu compromisso com a comunidade Guaratinguense e demonstra que, como sempre, continua aberta à negociação e disposta a resolver o entrave com a gestão pública municipal”. Ressaltou o Coordenador da APLB, Clayton Souza Ribeiro.
QUAIS SÃO AS REIVINDICAÇÕES DO PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO?
A greve começou no dia 24 de abril, com 50% de seu efetivo trabalhando nas escolas. No início, a categoria alegou que, desde o ano de 2019 os profissionais não recebem os repasses do piso nacional do magistério, acumulando perdas de incentivo que chegam a 45,18%, no entanto, a prefeita que já havia repassado apenas 5,79%, propôs o aumento de mais 4,21 chegando a apenas 10%. Sobre os adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores, a gestão havia garantido o retorno dos valores retirados, mas não cumpriu. No momento, o Sindicato luta para receber pelo menos o reajuste do piso nacional do magistério de 2023, que é de 14,95% e pela reposição dos valores adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores.
Depois de várias tentativas do sindicato em busca do diálogo com a prefeitura que não correspondeu e ainda fez descontos abruptos no salário dos educadores, a categoria tomou nova decisão no dia 07/08 e diminuiu o seu efetivo para 30% nas escolas e mesmo assim, a prefeita Marlene Dantas não teve a sensibilidade do diálogo, se demonstrando dura diante a situação.
Com a situação se agravando a cada dia, pais, mães e responsáveis de alunos se organizaram, criaram uma comissão e começaram defender os direitos dos seus filhos, chamaram a atenção da comunidade e vem fortalecendo suas ações. Também por conta disso, no dia 16/08, a Câmara de Vereadores emitiram Requerimento solicitando reunião entre as partes para o dia 25/08 e até lá, o sindicato estará com a greve suspensa, respeitando o pedido da comissão de pais e credibilizando a iniciativa dos vereadores, na certeza de que o diálogo acontecerá com a Administração Municipal.
Por: guarananet.com.br