Aconteceu na última sexta-feira (18), no auditório do Instituto de Educação de Guaratinga, uma palestra cujo temo foi: “A Ditadura Militar e os tempos atuais”, que foi promovida pelo Departamento de Cultura, com apoio incondicional da prefeitura municipal. O palestrante foi o guaratinguense Antônio Pinheiro Salles, ex-preso politico durante o período da Ditadura Militar.
Pinheiro Salles falou durante uma hora para um público formado na sua maioria absoluta por jovens estudantes de Guaratinga. Estiveram presente prestigiando o evento, o presidente da Câmara de Vereadores, Jadel Galvão Vaz, o advogado e ex-prefeito de Itagimirim Francisco Alex Pinheiro, a advogada popular feminista militante da articulação de mulheres brasileiras, Kelly Gonçalves, o presidente da APLB, Orlandi Pereira e os secretários de governo Ana Lídia Batista e Inocêncio Pinheiro, que representaram a prefeita Christine Pinto que pode estar presente.
Uma palestra bem detalhada e que chamou a atenção principalmente dos jovens que se depararam com aquele que vivenciou momentos tenebrosos da ditadura e que chegou a ser preso e torturado por nove anos (1970 a 1979). Pinheiro contou momentos de sua infância em Guaratinga e das suas memorias e vivencias relatou aspectos históricos do processo de desenvolvimento do golpe, da repressão popular, e das inúmeras atrocidades cometidas na época. Ele também destacou sua incansável luta pela igualdade social ao lado da classe trabalhadora.
No final, Pinheiro Salles não foi poupado e bem disposto, posou para fotos com o publico que se encantou com a riqueza de informações sobre o tema abordado.
UM POUCO SOBRE O PALESTRANTE:
Antônio Pinheiro Salles nasceu em Minas Gerais e quando tinha quatro anos sua família se mudou para Guaratinga (ainda com o nome de Novo Horizonte). Em 1962 elegeu-se vereador no recém-emancipado município. É também bacharel em direito e jornalista profissional. Passou nove anos (1970 a 1979) nos cárceres da ditadura no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde conheceu na carne os mais absurdos métodos de tortura. Com a abertura política, Pinheiro retornou à região, lançou diversos livros, dentre eles “Confesso que peguei em armas” e “O amor amordaçado.” Os relatos de Pinheiro Salles fazem parte do livro “Ninguém pode se calar” (2014), 94 páginas, com prefácio do advogado José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça. Ele tem vários livros publicados e nunca se distancia das lutas politicas da classe trabalhadora.
Por: Estevão Silva – guarananet.com