GUARATINGA/ITABELA – Ainda sem acordo do piso salarial do magistério, a APLB Sindicato dos municípios de Guaratinga e Itabela realizaram na manhã desta quinta-feira (23), uma manifestação de interdição da BR 101, nos dois sentidos. O bloqueio foi um protesto com intuito de chamar a atenção das autoridades competentes para o repasse do piso salarial do magistério aos professores da rede pública municipal dos dois municípios, que seguem tentando negociar com os gestores municipais.
GUARATINGA
Em Guaratinga, os profissionais da educação chegaram a sua terceira paralisação de suas atividades em sala de aula para reivindicar uma pauta de luta constituída em valorização profissional e o cumprimento da Lei Nacional do Piso Salarial, que se encontra defasado desde o ano de 2019. Além disso a categoria ainda defende o reestabelecimento do pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores, ante retirados, mudanças de níveis, eleição para diretores, reforma das escolas, transporte escolar e merenda escolar de qualidade.
Depois de varias tentativas de uma conversa de negociação da APLB com a gestão, somente nesta ultima quarta-feira (22), aconteceu uma reunião com ambos os lados, na sede da prefeitura. Como resultado da reunião de ontem, uma proposta da administração municipal foi discutida entre os servidores públicos na sede do sindicato, na manhã desta quinta-feira, momentos antes do fechamento da BR 101. A proposta apresentada pela Administração atende o retorno ao pagamento dos adicionais de periculosidade e insalubridade dos servidores. Já as eleições diretas para diretor devem ocorrer até o final deste ano, não por um querer da administração, mas sim por motivos reais de suma necessidade de Lei, pois a não realização da eleição poderá acarretar automaticamente na perca de recursos educacionais. Quanto ao piso salarial, a gestão, antes tinha ofertado 3% de repasse e agora propôs chegar a 10%, considerando valor de 5,79 já repassado anteriormente. A proposta não foi aceita pela categoria que desde o ano de 2019 não recebe os repasses, acumulando perdas de incentivo que chegam a 45%. Uma contra proposta foi deliberada e será oficializada pelo sindicato ao poder executivo, que terá prazo para responder a APLB, até a próxima sexta-feira 31/03, dia em que está programado uma nova paralização para avaliar a resposta. Sobre as reformas das escolas, transporte escolar e merenda escola, mudanças de níveis, não houve respostas da administração e permanece indefinidos.
ITABELA
No município de itabelense a situação dos profissionais é mais branda, mas ainda requerendo luta para receber o repasse do piso deste ano, que sofreu reajuste de 14,95%. Até então, o gestor municipal ofereceu 5% de reajuste do piso do magistério, porém, não abriu espaço na agenda para dialogar com a categoria. Durante a manifestação na BR 101, o prefeito de Itabela Luciano Francisqueto (Republicanos), corajosamente e com respeito a categoria explicou os motivos por ainda não ceder o reajuste, mas garantiu publicamente que após retornar de uma viagem a Brasília, reunirá com a coordenação do Sindicato para discutir o assunto em questão.
A manifestação dos profissionais da educação perdurou por quase 3 horas e conforme combinação oficial com Polícia Rodoviária Federal, o trânsito nos dois sentidos era fechado e liberado a cada 5 minutos. O movimento foi finalizado na Câmara de Vereadores de Itabela.
A luta dos da APLB Sindicato de Guaratinga e Itabela ainda continua por uma educação de qualidade.
Por: guarananet.com.br