Após a Justiça Federal de Eunápolis determinar o fechamento para posterior demolição, as barracas de praia Axé Moi e Tôa Tôa, localizadas na orla norte de Porto Seguro, voltaram a funcionar normalmente graças a uma decisão liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília. Políticos e empresários do setor de turismo local continuam mobilizados em Brasília buscando a suspensão da ordem de demolição das duas barracas, que vai se estender para as demais construções comerciais localizadas em toda a praia da cidade.
A Bahiatursa emitiu Nota defendendo os dois empreendimentos. Um dos proprietários da barraca Axé Moi, é o vice prefeito Beto Axé Moi (PP), candidato à reeleição nas chapa da atual prefeita Cláudia Oliveira (PSD), enquanto a barraca Tôa Tôa pertence a empresa CVC, operadora de turismo nacional. Um dos gerentes, o vereador Paulo Onishi, é marido da candidata a prefeita Roberta Caires (PPS).
No pedido de demolição o Ministério Público Federal alega que as barracas ocupam de forma irregular áreas públicas da União, impedindo o acesso às praias e a visão da paisagem natural.
Empresários do setor estimam a perda de mais de 200 postos de trabalho diretos e um impacto negativo no turismo local e na economia, caso seja mantida a decisão da Justiça de demolir as mais famosas barracas de praia da cidade.
Implantadas na orla norte do município nos anos 90, as barracas Axé Moi e Tôa Tôa ocupam, cada uma, faixas de cerca de 200 metros de praia e recebem, anualmente, mais de 1,4 milhão de turistas de diversas regiões do Brasil e de outros países do mundo, segundo seus administradores. As duas estruturas têm palcos de apresentações de bandas locais e nacionais, ficam instaladas nas areais das praias de Mundaí e Taperapuan. De acordo com a prefeitura, Porto Seguro tem 45 mil leitos para hospedagem e cerca de 80% da economia gira em torno do turismo.
Por: Geraldinho Alves