Seis presos assassinados e outros sete feridos. Este foi o saldo trágico do motim que aconteceu nesta segunda-feira, dia 28, no Conjunto Penal de Eunápolis. Dos detentos mortos alguns eram acusados de crimes sexuais e o que mais assustou foi a violência, já que os corpos foram encontrados carbonizados, indicando que alguém pode ter sido queimado vivo.
Segundo o secretário da Administração Penitenciária, Nestor Duarte, já na noite desta segunda-feira (28), 20 “líderes” do movimento foram transferidos. A unidade onde aconteceu a rebelião tem capacidade para atender 370 presos mas, com a depredação, não pode funcionar. “Os presos serão encaminhado outras unidades. Esta é uma das mais novas que temos mas abrigava presos de alta periculosidade, vindos de Porto Seguro. Tínhamos todo cuidado para que isso não acontecesse”, revelou Duarte.
Ainda de acordo com o secretário, a ação de transferência aconteceu com o apoio de seis policiais militares que acompanharam os agentes carcerários. “Os presos ficam no pátio para que possamos revistar as celas, mas, eles se mostraram contrários e iniciaram uma rebelião. Fui ao gabinete do secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e solicitei que os policiais da 7ª CIPM e CAEMA adotassem todas as medidas para a rebelião fosse contida. Eles entraram e dissolveram o movimento mas, infelizmente, seis já tinham morrido”, explicou.
Após fim da rebelião, cenário do pátio do presídio era de horror A preocupação a partir de agora é onde esses líderes do motim vão permanecer. Com a destruição de parte da prisão, não é descartada a hipótese do Presídio de Teixeira de Freitas, que por sinal já está acima de sua capacidade, abrigar outros detentos de Eunápolis. Aguarda-se para as próximas horas um anúncio oficial da Administração Penitenciária.
Por: Ronildo Brito – TN