O padre Alessandro Colen foi surpreendido com seu próprio afastamento da função de pároco da Catedral Nossa Senhora Auxiliadora, em Eunápolis, que ocupava há quase oito anos. Alessandro se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais.
“É com pesar e com o coração partido de dor que comunico a vocês que fui afastado das funções ministeriais na Diocese de Eunápolis. Não sou mais o pároco de vocês e rezo para que Deus e Nossa Senhora Auxiliadora inspirem o bispo para que coloque outro pároco melhor que eu para os conduzir na direção do céu”, disse na carta aberta.
Segundo o padre, uma denúncia, de teor não revelado, foi feita à Nunciatura, alto nível das missões diplomáticas da Santa Sé.
“Infelizmente alguém fez uma carta à Nunciatura com algumas denúncias e, segundo o bispo, na reunião do conselho presbiteral na manhã de 02/03/2020, fui eu o autor das denúncias”.
O religioso reitera sua inocência no caso dizendo que, se fizesse uma denúncia, não o faria de forma anônima ou usando outra pessoa.
“Tenho minha consciência muito tranquila no que tange a minha idoneidade, honestidade e fidelidade à Igreja, e, sendo assim, se tivesse que denunciar algo, não seria de forma anônima ou usando nome de outrem. Não fui eu o autor da carta de denúncia e muito menos envolvi ninguém nesta estória. Enfim, seguirei não mais como vosso pastor mas como alguém que estará sempre unido em orações e presente nas minhas recordações. Espero ter sido um bom pastor nestes quase oito anos que estive com vocês! Deus os abençoe. Com amor, Alessandro Colen”, concluiu.
O bispo Dom Edson ainda não se pronunciou sobre o caso e não atendeu à imprensa nesta terça-feira (3), dia em que a situação foi exposta.
Manifestações
Também pelas redes sociais, parte dos fiéis católicos se pronunciaram em defesa de padre Alessandro e pediram explicações da igreja. Uma manifestação foi marcada para esta quarta-feira (4) na Praça da Catedral, às 9h.
Redação / atlanticanews